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A mostrar mensagens de outubro, 2014

Ausência

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O número, de onde chegavam sms , era o mesmo Mas, TU, não estavas…  A casa para que voltava era a mesma Mas, TU, não estavas… A hora de jantar era a mesma Mas, TU, não estavas… A lua que se erguia no céu era a mesma Mas, TU, não estavas… A cama onde me aninhava era a mesma Mas, TU, não estavas… O sol que nascia era o mesmo Mas, TU, não estavas… A paisagem lá fora era a mesma Mas, TU, não estavas… O caminho para o trabalho era o mesmo Mas, TU, não estavas… O caminho de regresso a casa era o mesmo Mas, TU, não estavas… As responsabilidades eram as mesmas Mas, TU, não estavas… Os amigos eram os mesmos Mas, TU, não estavas… A família era a mesma Mas, TU, não estavas… O amor era o mesmo Mas, TU, não estavas… As certezas deixaram de ser as mesmas… As preocupações deixaram de ser as mesmas… EU deixei de ser a mesma… E TU, onde estavas…? Sofia Cardoso 30 de outubro de 2014

Pudim para Mim

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Recebi um pudim… Não foi comprado, Fê-lo para mim. Tão Malandro, este pudim…! Parecia encantado Por me deixar assim. É que O caramelo do pudim, Bem acastanhado, Fez-me chorar, sim! A verdade, É que este pudim, Cremoso e açucarado Serviu de festim. Porque Não é SÓ um pudim… Mas uma espécie de abençoado Até que enfim! Como que A vitória do pudim Depois de enfrentado Tanto frenesim. Logo, Para mim, o pudim Para ti, um obrigado, Querido querubim... Pois Melhor do que o pudim, É tê-la a nosso lado A rir-se do bicho ruim. Resumindo: Bendito sucesso do pudim Bem comparado À sua teimosia sem fim. Sendo assim,   Viva o pudim, O coração sossegado E os pós de perlimpimpim!                                                                                                                      Sofia Cardoso 28 de outubro de 2014

Há 2 Anos...

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Há 2 Anos partiste… Não desististe, Simplesmente, não resististe À dor, à doença. Há 2 anos deixaste-me… Não quiseste, Simplesmente, libertaste-me Da dor, da descrença. Há 2 anos voaste… Não fugiste, Simplesmente, Deus quis-te, Sem dor, na Sua presença. Há 2 anos despediste-te… Não te apercebeste, Simplesmente, foste... Ficou a dor, da tua sentença. Há 2 anos brilhaste… Não te escondeste, Simplesmente, uma estrela ocupaste Porque a dor, no céu, não tem licença. Sofia Cardoso 25 de outubro de 2014

Efeito Rebanho

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Nunca fui muito de modas, daí que aquela velha história de um faz e, por qualquer razão estranha, de repente vai tudo atrás, sempre foi algo que me irritou solenemente, até porque nunca gostei de ter quem me limitasse o horizonte ou guiasse no percurso. Para além de ser um fenómeno revelador de falta de personalidade, é também, lamentavelmente, um indicador da preguiça que a malta tem hoje de pensar pelos seus próprios cornos, afinal quem se passeia em rebanho só pode ser carneiro, ovelha, bode ou cabra. O que acontece hoje ao nível das redes sociais é sintomático. Surge uma polémica qualquer e o impulso de partilhar é mais forte do que a seca de ponderar. Não interessa de onde surgiu, porque surgiu ou como surgiu a questão. Se estão todos a pronunciar-se e a passar palavra, siga! - “Não serei eu a ovelha negra…” – Tira-me do sério este pensamento pequenino! Às vezes, o próprio alvo de discussão é tão medíocre que a atenção que lhe é dada é também pura energia desperdiçada. Na

Engolida Angústia

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Tínhamos uma sintonia única. Adoravas que eu adivinhasse o que estavas a pensar, onde te apetecia mesmo ir, o que te apetecia mesmo comer… Na maioria das vezes, adivinhava, sim! Ficavas radiante… No dia em que publicaste, numa rede social que pouco usavas, uma colagem de fotos de várias fases da tua vida, após teres ido a uma consulta e não me teres telefonado para me despreocupar, percebi que tínhamos um problema. Peguei imediatamente no telefone mas, típico, não quiseste falar. Sem exames que o comprovassem, puseram-te à beira do precipício. Recusaste-te a saltar e viraste-lhe costas, revoltado mas cheio de medo. Preferiste, acredito eu agora, atirar-te antes para o buraco negro da negação. Talvez tenha sido mais fácil para ti e isso descansa-me. No entanto, nunca me iludiste, apesar de eu ter precisado de te fazer acreditar que sim. Durante dois longos meses estivemos distantes e nessa primeira fase só tinha suspeitas e receios, muitos receios. Todavia, guardei-os a muito cus

Cada Nada Vale Tudo!

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A melhor coisa na vida é, sem dúvida, saber apreciá-la. Para tal, tudo conta. Cada olhar, cada abraço, cada sorriso, cada beijo, cada lágrima, cada suspiro, cada grito, cada gargalhada, cada aperto de mão, cada palpitação. Cada gesto conta. Dar, receber, partilhar. Ensinar, aprender, partilhar. Falar, ouvir, partilhar. Chorar, consolar, partilhar. Gritar, calar, partilhar. Procurar, encontrar, partilhar. Cada segundo conta. O tique taque incansável do tempo confunde-se com o tique taque da bomba que mantem vivo cada um de nós. Cada batida desta nossa poderosa máquina é um impulso na direção de cada uma das outras que nos rodeiam. Todos contam. Cada um de nós, à partida. Cada um daqueles a quem estamos atados por laços de sangue, de amor, de amizade. Cada um daqueles que ainda não nos laçaram ou não laçarão nunca mas que conhecemos. Cada um daqueles que desconhecemos, ainda que com eles nos cruzemos, ou mesmo cada um daqueles que eventualmente desprezemos. Cada desafio conta. E

Sempre Mais

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Lançada ao mundo, tenho uma garantia: uma só vida para viver perante milhares de caminhos transitáveis. Saber quanto tempo durará a viagem, está fora do meu alcance mas idealizar como decorrerá, é meu dever. Felizmente, nunca cometi o erro de achar que o mundo gira à minha volta. Sempre tive, antes, a firme convicção de que sou eu que devo circular muito para o acompanhar e sugar dele o mais que consiga ou sugada serei eu. Assumi o compromisso de viver cada dia da forma mais intensa possível, o melhor possível, exigindo tudo de mim até ao limite do que me for possível. Ficar-me pelo “e se”, está fora de questão. Luto pelo “consegui!” Move-me o fascínio de não saber o que vem a seguir e, ainda assim, ansiá-lo. Abro os braços ao hoje expectando o amanhã, com a ousadia de quem renega a normalidade e a coragem de quem se atreve a enfrentar a dubiedade. Não vivo por viver. Vivo por prazer! Odeio amarras. Amo ter asas. Não encaro o futuro como um dado adquirido. Sei-o sempre à minha f

Ser Mãe...

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Muito mais do que uma opção... ...É uma missão! Muito mais do que estar por perto... ...É estar lá no momento certo! Muito mais do que dedicar-se... ...É entregar-se! Muito mais do que temer... ...É torcer! Muito mais do que sonhar... ...É concretizar! Muito mais do que alento... ...É sustento! Muito mais do que dor... ...É amor! Muito mais do que corrigir... ...É dirigir! Muito mais do que perfeccionismo... ...É heroísmo! Muito mais do que generosidade... ...É cumplicidade! Muito mais do que razão... ...É emoção! Muito mais do que fazer o certo... ...É não se perder no deserto! Muito mais do que ralar-se... ...É entusiasmar-se! Muito mais do que merecer... ...É agradecer! Muito mais do que embalar… …É amparar! Muito mais do que conhecimento… …É enriquecimento! Muito mais do que assustador… …É tentador! Muito mais do que transmitir… …É repartir! Muito mais do que protagonismo… …É altruísmo! Muito mais do que e

Haja Amigos!

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Há os amigos que nasceram comigo... Há a amiga-vizinha-de-infância de uma vida inteira... Há a amiga de infância que fazia (e faz!) sempre anos um dia à minha frente... Há os amigos de infância com quem aprendi a ler/escrever/contar... Há os primeiros amigos feitos no colégio...   Há a amiga de criança com quem estabeleci um pacto/promessa... Há a amiga de criança acelerada de mais para o gosto dos pais... Há os amigos dos pais... Há os amigos filhos dos amigos dos pais... Há os amigos pais de amigos... Há os amigos professores... Há os amigos confessores... Há o amigo que espalhava charme e beijos entre as amigas... Há os amigos do ténis/gelados... Há o amigo e padrinho... Há os amigos, amigos do meu irmão... Há os amigos do irmão, irmãos de amigas minhas... Há os amigos irmãos de amigos... Há os amigos que podiam ter sido mais do que amigos... Há as amigas dos longos telefonemas depois das aulas... Há as amigas dos bilhetinhos durante as aulas

Tic-Tac...

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Haverá algo mais impiedoso do que o tempo? Não aquele que comummente designa se chove ou se faz sol mas aquele que rege os relógios  perduravelmente , segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora... Aquele que depois de passado só pode ser recordado… Aquele que é tanto ansiado como se quer ver despachado… Aquele que gostamos e ou precisamos de ter controlado… Aquele que dispensamos com “males necessários”… Aquele que gozamos com quem mais gostamos… Aquele que nos faz pensar que tudo tem um limite… Aquele que subitamente nos prova que esse limite é uma certeza indefinida… Aquele que nos faz pensar… Aquele que não nos deixa raciocinar… Aquele que nos leva a juventude… Aquele que nos traz experiência… Aquele que ilude em expectativa… Aquele que desilude em retrospectiva… Aquele que neste país é um e naquele é outro… Aquele que se mede em ponteiros… Aquele que se rege pelo sol… Aquele que persegue… Aquele que é perseguido… Aquele que pressiona… A

De A a Z , acredito!

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Acredito no Amor… … Na Bondade… … Na Consciência… … Na Diversidade… … Na Educação… … Na Família. Acredito no Glamour… … Na Honestidade… … Na Independência. … Na Jovialidade… … Na Ligação… … Na Magia. Acredito no Negociador… … Na Objectividade… … Na Prudência... … Na Qualidade… … Na Responsabilização… … Na Sintonia. Acredito no Trabalhador… … Na Universalidade… …Na Veemência… … Na Xenofilia… … No Zelo. Sofia Cardoso 26 de janeiro de 2011