Cada Nada Vale Tudo!
A melhor coisa na
vida é, sem dúvida, saber apreciá-la. Para tal, tudo conta. Cada olhar, cada
abraço, cada sorriso, cada beijo, cada lágrima, cada suspiro, cada grito, cada
gargalhada, cada aperto de mão, cada palpitação.
Cada gesto conta.
Dar, receber, partilhar. Ensinar, aprender, partilhar. Falar, ouvir, partilhar.
Chorar, consolar, partilhar. Gritar, calar, partilhar. Procurar, encontrar,
partilhar.
Cada segundo conta.
O tique taque incansável do tempo confunde-se com o tique taque da bomba que
mantem vivo cada um de nós. Cada batida desta nossa poderosa máquina é um
impulso na direção de cada uma das outras que nos rodeiam.
Todos contam. Cada
um de nós, à partida. Cada um daqueles a quem estamos atados por laços de
sangue, de amor, de amizade. Cada um daqueles que ainda não nos laçaram ou não
laçarão nunca mas que conhecemos. Cada um daqueles que desconhecemos, ainda que
com eles nos cruzemos, ou mesmo cada um daqueles que eventualmente desprezemos.
Cada desafio conta.
Experimentar, disfrutar, ousar. Cada vivência enriquece, cada desilusão
fortalece e cada emoção enaltece.
Cada lugar conta.
Os que ficaram na memória e a que podemos sempre retornar, os que nos recebem
diariamente e, sobretudo, os que ainda encerram o mistério do desconhecido.
Cada som conta. A
voz de quem amamos, os passos de quem ansiamos, o choro que recordamos, a
música por que esperamos, o riso de quem criamos.
Cada palavra conta.
A certa na hora errada, a errada na hora certa ou a completamente acertada. A
de apreço, a de mágoa; a de gratidão, a de compaixão; a de encorajamento, a de
arrependimento; a de paixão, a de desilusão.
Cada detalhe conta.
Cada emoção, cada atenção, cada gesto, cada segundo, cada ser, cada desafio,
cada lugar, cada som, cada palavra…
Porque juntando
cada nada se constrói tudo. Porque ultrapassando cada não, se fica mais perto
do sim. Porque cada um de nós faz o todo.
A verdade, sem
novidade, é que existem milhares de melhores coisas. Saber identificá-las já
não será mau. Porém, é o saber vivê-las que distingue quem vive e quem se
limita a sobreviver. Uma mais-valia declarada e, imagine-se, gratuita!
Afortunados os que
as conseguem ver, ouvir, sentir, cheirar, saborear… Ajuizados aqueles que as conseguem
valorizar, diariamente, ao mais ínfimo pormenor.
Abençoados sejam
todos estes, sábios da vida, apreciadores da sua essência, que fazem de fracos
nadas um valente tudo!
Sofia Cardoso
09 de
fevereiro de 2013
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