Tic-Tac...

Haverá algo mais impiedoso do que o tempo? Não aquele que comummente designa se chove ou se faz sol mas aquele que rege os relógios perduravelmente, segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora...
Aquele que depois de passado só pode ser recordado…
Aquele que é tanto ansiado como se quer ver despachado…
Aquele que gostamos e ou precisamos de ter controlado…
Aquele que dispensamos com “males necessários”…
Aquele que gozamos com quem mais gostamos…
Aquele que nos faz pensar que tudo tem um limite…
Aquele que subitamente nos prova que esse limite é uma certeza indefinida…
Aquele que nos faz pensar…
Aquele que não nos deixa raciocinar…
Aquele que nos leva a juventude…
Aquele que nos traz experiência…
Aquele que ilude em expectativa…
Aquele que desilude em retrospectiva…
Aquele que neste país é um e naquele é outro…
Aquele que se mede em ponteiros…
Aquele que se rege pelo sol…
Aquele que persegue…
Aquele que é perseguido…
Aquele que pressiona…
Aquele que cansa…
Aquele que preservamos em fotografias…
Aquele que se consome em sonhos…
Aquele que nos dedicam…
Aquele que devemos dedicar…
Aquele que não pode ser desperdiçado com “nadas” e que, antes, deve ser aproveitado com tudo!

Sofia Cardoso
22 de fevereiro de 2011

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