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A mostrar mensagens de novembro, 2014

Ser ou Não Ser...

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Não sou ingénua. Sou crédula, otimista. Não sou cega. Mantenho o negativo longe da vista. Não sou perfeita. Sou empenhada, perfecionista. Não sou resignada. Antes decidida, nada comodista. Não sou sonsa. Sou sonhadora, idealista. Não sou cobarde. Luto pelo prazer da conquista. Não sou santa. Sou preocupada, altruísta. Não sou invencível. A minha vida é realista. Não sou medrosa. Sou cautelosa, pacifista. Não sou interesseira, Prefiro a dádiva imprevista. Não sou ferrenha. Sou apoiante, benfiquista. Não sou intransigente. É do coração que sou apologista. Não sou sedentária. Sou curiosa, turista. Não sou rica. Sou muito pouco materialista. Não sou complicada. Sou pormenorizada, simbolista. Não sou convencida. Admiro-me sem ser narcisista. Não sou imparável. Sou enérgica, desportista. Não sou submissa. Repudio a mentalidade machista. Não sou paciente. Sou impulsiva, artista.

Voltar "à terra"...

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Há meses que não vou à terra…! “Vou à terra…” Adoro esta expressão mas continuo a achar que se adequa mais à situação de alguém que veio de um meio pequeno para a cidade grande. É que o meu caso é exatamente o inverso. O de alguém que saiu da cidade grande (“A” cidade grande!) para, justamente, a “terr(inh)a”. Vendo bem, o que interessa a dimensão da terra… Desde que se trate da terra que nos viu nascer e viver grande parte da vida; desde que se trate da NOSSA terra, pouco mais há a dizer. Custa partir, anseia-se sempre regressar. É algo que se sente muito para além das palavras…   Nós, portugueses, somos deveras saudosistas e eu, então, céus…! Pois, não sei se é intrínseco ao meu ser, se é mesmo uma coisa generalizada que faz parte de todos nós, especialmente aqueles que, como eu, já “partiram” sem data para voltar, mas sei que às vezes dói… Por mais anos que passem e que gostemos do local que escolhemos para viver, parece que mantemos uma espécie de cordão umbilical eterno c

Grey Hair Rules!

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Estou naquela idade em que os cabelos brancos (no meu caso, herança paterna) parecem multiplicar-se a olhos vistos. Verdade seja dita, há muito que por cá andam, meio escondidos porque a cabeleira é farta, mas andam! Sinceramente, não sou muito dramática em relação a isso, até porque se os admiro nos outros, por que não os admirar em mim? Quando oiço à minha volta amigas preocupadas com o assunto, deduzo que a grande questão para a maioria será de ordem estética e até compreendo, só não o sinto da mesma forma. Para mim a questão está mais na consciencialização de que os anos passam e não tanto no facto de ficar menos atraente ou envelhecida. Mais, adoro ver uma mulher de meia-idade orgulhosa lá do alto do seu cabelo grisalho. Mais adoro as avozinhas branquinhas, como o era a minha saudosa Gun-Gum… Linda…! Contudo, também tenho que reconhecer que há uma fase transitória, daquelas típicas do “não é carne, nem é peixe” que não nos deve favorecer sobremaneira. Bem, não há bela

Dia Não

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Há dias assim… Dias não. Tudo está bem, Até um senão… Ou tudo começa mal E continua até mais não. Cinzentos e escuros Como o alcatrão, Ou simplesmente sem cor Se perdida a inspiração… Não se sabe quando, Sabe-se apenas que virão Mais dia, menos dia Outros de negação… Em que reina a tristeza… E impera a frustração. Quando se é perfecionista, Sair da linha é uma aflição. Vem-se lá do alto Embater com força no chão. Fôssemos avestruzes E a cabeça abriria um buracão, Nestes dias intermináveis, Manhosos por definição. Valha-nos o amanhã Que o hoje já não tem correção. Sofia Cardoso 06 de abril de 2011

Ah Ah Ah Ah! =D

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Amo uma boa gargalhada. É daquelas coisas que me dá mesmo gozo, sobretudo se for daquelas que não consigo controlar, que se solta sem pedir licença e que não parece ter fim. Soltar uma dessas, quase ficando sem fôlego, pode muito bem representar o melhor momento de um dia! Não estou a falar de uma gargalhada qualquer… Estou mesmo a referir-me àquelas explosões que me fazem agarrar à barriga e fechar os olhos, acentuando as rugas de expressão, but who cares?! Estão a ver? Tenho uma amiga que está a ver de certeza. É a dona das gargalhadas mais estridentes e contagiantes que conheço. As melhores…! Quando ela solta uma destas, abre e fecha as narinas e chora! Só de a imaginar, já me estou a rir! É tão engraçado. E era tão especial gargalhar com ela na infância a ponto de soltar leite pelo nariz ou de ter que fugir a correr para a casa de banho… É que era mesmo assim! Não faço ideia do que nos fazia gargalhar a esse ponto, não me lembro, nem é isso que conta para a recordaçã

Semear bem para melhor colher

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A criança que tudo tem Olhará a necessidade com desdém. A criança que não é elogiada Sentirá a sua autoestima menosprezada. A criança que não ouve um não Será caprichosa até à exaustão. A criança que não é ouvida Crescerá desiludida. A criança que encontra tudo feito Encarará a dificuldade com despeito. A criança que é injustiçada Crescerá revoltada. A criança que não é acarinhada Verá no amor uma encruzilhada. A criança que não convive com o respeito Tratará o próximo com preconceito. A criança que cresce fechada Sentir-se-á sempre limitada. A criança a quem tudo é facilitado Desconhecerá o sabor dum sonho realizado. A criança que não vive em harmonia Fará do conflito o dia-a-dia. A criança que assiste à traição Acreditará que fidelidade é ficção. A criança que não vê dificuldade na conquista Transformar-se-á num adulto egoísta. A criança que cresce com medo Temerá sempre em segredo. A criança que é superprotegida Nunca será

Coração na Ponta da Caneta

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O nosso coração está sempre a ser posto à prova. Ora anda na boca, ora na mão, ora salta do peito, ora cai aos pés, despedaçando-se no chão… E tudo isto sob o olhar vigilante, crítico, reprovador até, do prepotente e chato do cérebro que tem a mania que sabe tudo e que o quer dominar a todo o custo, pregando-lhe sermões como se fosse dono do corpo. A eterna disputa… Um, no topo, a cantar de galo. O outro, no centro, a piar fininho. E discutem como feras, sabe-se lá para quê, já que dificilmente algum sai vencedor. A verdade é que não vivem um sem o outro, qual gato e rato que não se entendem mas se perseguem num ciclo vicioso, incessante, incansável e tantas vezes insuportável! Aqui dentro funciona assim. O coração tanto palpita sobre tudo e com tanta força que escorre pela caneta a veia literária que traduz cada batida, por cada pormenor que o faz "bombar", bombear e bobear! Ainda assim, bem vistas as coisas, quem comanda a mão que segura a caneta é o outro,

Sonho Real

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Um dia deseja-se… No outro sofre-se Quando tudo se complica E a dor se intensifica. Só que o desejo é mais forte, O sonho é o mais lindo E a vontade alia-se à sorte Cheia de força, nem sempre sorrindo… Acredita-se, persiste-se… Enfrenta-se o que preciso Para alcançar a vitória. Até que, por fim, chega-se, Merecidamente, ao paraíso De um “positivo” recebido em glória. Porque quanto mais difícil o caminho Mais gratificante a conquista, E melhor saberá cada miminho De um amor a perder de vista. Um amor que começou há muito Cujo rosto finalmente se revelou. O orgulho de um amor gratuito Que lutou, chorou e hoje vingou! E é tão bom sonhar…! E valeu tanto a pena esperar… De corpo e alma se entregar Para este dia poder festejar! A luta não era minha Mas admirava-a tão profundamente Que, acreditando, com tudo o que tinha, Torci muito e apaixonadamente. De lágrima no olho, recebi a notícia De que a caminho vinha uma de

Lar

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Sinto-me uma privilegiada. Sinto mesmo…! Daquelas que acha que do pouco se pode retirar muito e, melhor do que isso, daquelas que consegue pô-lo em prática! Muitas vezes não o faço sozinha, tenho a felicidade de ter vindo a conhecer pessoas ao longo da minha caminhada que me ajudam nessa tarefa de ser feliz na trivialidade, basicamente, porque pensam e agem com a mesma motivação, no mesmo sentido. E esses raios de sol compensam todas as nuvens negras (porque sempre as há pelo caminho…) É muito mais fácil do que parece, a sério! É só estar um bocadinho atento… Tão simples como isto: podemos sair de casa debaixo de um dia horrivelmente chuvoso e frio, talvez até apanhar uma molha e soltar ainda um atchim ou dois mas, se calhar, apanhámos a dita molha só no percurso até ao carro que depois nos levou confortavelmente e em segurança até ao emprego e depois de volta a casa onde, com sorte, até temos um super marido ou uma super mulher que ainda nos faz um chazinho com umas torradinhas

20...!!!

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Se, em número, é pequeno, em tempo é grande, em memórias é enorme e em amor é gigante! Nunca me lembro do dia exato sem uma ajudinha extra mas sei que foi em novembro e, sempre que se fala neste dia, recuo atrás o número de anos que se comemora, àquele momento em que me apercebi do início desta linda história. Recordo, como se fosse hoje, o final de uma qualquer visita de estudo à zona histórica de Lisboa. O autocarro parado junto a um dos mais românticos miradouros da cidade e a conversa que me chegava inadvertidamente aos ouvidos, vinda do banco atrás do meu. Duas amigas, uma das protagonistas do enredo e outra cujo rosto a memória perdeu o rasto entretanto, trocando impressões sobre o aparente interesse por parte do outro protagonista do enlace. Tudo pormenores que poderiam nunca ter permanecido intactos em imagem até hoje, não fossem dois fatores essenciais. Primeiro, os recém-apaixonados eram, para mim, pessoas tão diferentes que nunca os suporia juntos. Segundo, eles são m

People I love

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Gosto de pessoas que se entregam Mesmo sem nada a receber. Gosto de pessoas que sorriem Mesmo que a vida espere que chorem. Gosto de pessoas que lutam Mesmo quando têm tudo a perder. Gosto de pessoas que se fortalecem Mesmo que as coisas se compliquem. Gosto de pessoas que não se limitam Mesmo que tenham riscos a correr. Gosto de pessoas que persistem Mesmo que os outros não facilitem. Gosto de pessoas que acreditam Mesmo estando a sofrer. Gosto de pessoas que não esquecem Mesmo que memórias as atormentem. Gosto de pessoas que se superam Mesmo quando as tentam enfraquecer. Gosto de pessoas que se envolvem Mesmo que receios as intimidem. Gosto de pessoas que sonham Mesmo sem precisar de adormecer. Gosto de pessoas que conseguem Mesmo que todos duvidem. Gosto de pessoas que reconheçam, MESMO, como é bom viver! Sofia Cardoso 04 de novembro de 2014

Alvorada!

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Aí está algo que me é muito difícil… Acordar! Não, minto. Não é, na verdade, o acto de acordar que me é difícil. É mais o acto de me levantar porque acordar, isto é, despertar para o consciente, abrir os olhos, até me é bem fácil. Tenho o sono leve… É no levantar que reside o meu calcanhar de Aquiles. Ai, se reside…! Custa-me tanto…! Não pensem que sou preguiçosa, nada disso! De resto, detesto sestas a meio do dia ou pausas para “passar pelas brasas”. Sou daquelas que só dorme à noite (mesmo que pouco). Quando estudava e o sono (ou cansaço!) falava mais alto a ponto de me fazer tombar em cima dos livros (raras vezes mas chegou a acontecer), quando acordava, ficava furiosa e maldisposta e com dores de cabeça e… e… e… Acontece que, de manhã, apesar de os meus olhos responderem pronta e obedientemente à primeira chamada do despertador, o resto do corpo parece estar preso aos lençóis e que uma qualquer força maior me impede de por o pé no chão… É esse o principal obstáculo: pass