Grey Hair Rules!
Estou naquela idade em que os cabelos brancos
(no meu caso, herança paterna) parecem multiplicar-se a olhos vistos.
Verdade seja dita, há muito que por cá andam,
meio escondidos porque a cabeleira é farta, mas andam!
Sinceramente, não sou muito dramática em
relação a isso, até porque se os admiro nos outros, por que não os admirar em
mim?
Quando oiço à minha volta amigas preocupadas
com o assunto, deduzo que a grande questão para a maioria será de ordem estética
e até compreendo, só não o sinto da mesma forma.
Para mim a questão está mais na
consciencialização de que os anos passam e não tanto no facto de ficar menos
atraente ou envelhecida.
Mais, adoro ver uma mulher de meia-idade
orgulhosa lá do alto do seu cabelo grisalho. Mais adoro as avozinhas
branquinhas, como o era a minha saudosa Gun-Gum… Linda…!
Contudo, também tenho que reconhecer que há uma
fase transitória, daquelas típicas do “não é carne, nem é peixe” que não nos
deve favorecer sobremaneira. Bem, não há bela sem senão, não é assim?
Faço umas nuances para valorizar o tom do meu
cabelo sem qualquer intenção de esconder o que quer que seja e os que antes se
escondiam timidamente por baixo de outros, começam agora a sair da casca e a
atrever-se à aparecer mesmo perto da testa. Sei onde estão e deixo-os lá estar.
Tenho esperança de vir a ser uma cota giraça. LOL
Pintar é que não me parece. Não quero passar a ser prisioneira daqueles que surgem porque têm
que surgir, porque amadurecer faz parte da lei natural das coisas e não há que
temer ou fugir disso, digo eu, à beira dos 35. E, de resto, à velocidade de TGV
que cresce o meu cabelo, teria que andar sempre no cabeleireiro e, isso sim,
seria um drama para mim que não tenho paciência para manhãs inteiras
imobilizada, mesmo que seja numa poltrona e para ficar bonita.
Cá por mim, enquanto continuar a sentir-me uma
jovem de corpo e alma, os cinzentinhos da cabeça não vão impedir que continue a
ser bem colorida de coração.
Sofia Cardoso
25 de novembro
de 2014
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