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A mostrar mensagens de abril, 2015

Sorriso

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Para mim, é muito fácil sorrir E, para tal, motivos descobrir. Todo o mimo que das minhas filhas venha; Uma surpresa que alguém para mim tenha. A reação reconhecida de quem eu surpreenda; Uma simbólica ou inesperada prenda. O alcançar suado de um objetivo; Um abraço forte e emotivo. Um menino alegre e divertido; Um desenho criativo e colorido. Uma música ao som do piano; Uma memória feliz de qualquer ano. Um bom livro à cabeceira; Uma anedota contada à maneira. Um gesto educado de cavalheiro; Uns trocos a mais no mealheiro. O planeamento de uma viagem; Um passeio numa linda paisagem. Um elogio ou reconhecimento espontâneo; Um feriado e uma 6.ª feira em simultâneo. O sucesso escolar das minhas princesas; Um jantar com muitas velas acesas. A arte sob qualquer uma das suas formas; O respeitar cívico das normas. Todos os gestos altruístas; O exercício na companhia de outros desportistas. Os amigos que se fazem presentes; A capacidade g
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Se todos somos igualmente livres - e a igualdade anda de mãos dadas com a liberdade - nunca podemos todos fazer absolutamente tudo o que queremos. Existem limites à nossa conduta e quem os impõe é a própria liberdade, uma vez que a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro. Considerações básicas inerentes à democracia que comemoramos hoje com tanta alegria. Sim, é com euforia que se continua a celebrar este dia, embora, a meu ver, devêssemos, também, alguma reflexão fazer. É que a democracia não dispensa a autoridade, o respeito, a educação e esta última, sobretudo, preocupa-me de verdade. A liberdade de expressão, por exemplo, não é sinónima de falta de educação. É, antes, um valor, em dignidade, muito superior. Observando a forma displicente como alguns miúdos, às vezes ainda tão pequenos, se dirigem aos pais, lhes respondem, lhes exigem este mundo e o outro, cobrando sempre muito mais do que reconhecem, questiono-me sobre o tamanho da sua li

Verdade ou Consequência

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A vida, através da maturidade que com ela vamos adquirindo, ensina-nos a assumir quem somos, sem receios, sem dar importância às aparências, sem limitarmos a nossa conduta pelo arame farpado que às vezes representa a mentalidade dos outros. Não que até aqui me tenha preocupado muito com o que as pessoas pensam a meu respeito, temendo julgamentos injustos ou falatórios desnecessários. Estes existem sempre e há sempre quem pareça ter prazer em atirar a primeira pedra, sabe-se lá porquê. Sou a mesma pessoa hoje que era há 20 anos. Nunca ocultei o meu verdadeiro eu, nem fingi ser o que não sou. Quem me conhece bem, sabe exatamente com o que conta, o que esperar, e que vivo, verdadeiramente, na sinceridade e na lealdade para com os que, nesta caminhada, me queiram acompanhar. Existem valores básicos que orientam o meu percurso e que fazem parte de mim desde que me conheço, senhora do meu nariz, crítica perante a vida e capaz de tomar decisões. É inadmissível, para mim, viver na m

Abraço

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Um abraço nunca vem tarde ou cedo. Um abraço pode ser previsível ou completamente inesperado. Um abraço pode ser dado com vontade ou a medo. Um abraço pode vir de fugida ou ser demorado. Um abraço pode ser dado em público ou em segredo. Um abraço pode ser fugaz ou bem apertado. Um abraço pode aconchegar-nos ou derrubar-nos como um torpedo. Um abraço pode ser a seco ou encharcado. Um abraço pode ser um presente ou substituir um brinquedo. Um abraço pode ser pedido ou descaradamente roubado. Um abraço pode ser dado livremente ou num degredo. Um abraço pode ser alegre ou emocionado. Um abraço pode ser frágil ou forte como um rochedo. Um abraço será sempre apreciado, em qualquer circunstância, lugar e vindo de qualquer pessoa, desde que sinceramente dado. Sofia Cardoso 19 de abril de 2015

May the 40's be with you!!!

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Se a vida começa aos 40, Não percebe, a Mafaldinha O porquê da antecedência Com que ao mundo vieste. Se não fosse tão rabugenta, Ficaria bem caladinha, Percebendo que com a tua existência À dela, um novo sentido deste. Na verdade, tal personagem Podia até chamar-se Marta E tu prestares-lhe homenagem Por ser parecida contigo que se farta! Só não sei se ela é fã De sabres de luz e afins, Porque a sua mente sã Dificilmente se perde nesses confins. Ela é bem deste mundo E, como tu, do encarnado, Abusa orgulhosamente. Levando tudo a fundo, Do mais simples ao mais complicado, Mas vivendo heroicamente. Se lhe oferecessem uma bicicleta, Iria ficar radiante… Aposto que fazia direta E fugia para um país distante. Ou esta, és tu, prima E já estou toda baralhada, Que, com tanta rima, É fácil fazer trapalhada? Lá de girassóis Sei bem que gostas. Podias tê-los nos lençóis E neles deitares-te de costas. Mas, perder tem

Pela Paz...

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Há assuntos que nos desgastam e que, por isso, se gastam… Sou persistente, sou. Obstinada, até, para alguns mas sempre no melhor e mais positivo dos sentidos e rumo à melhor e mais positiva das direções. Não insisto no que deixa, por si mesmo, de fazer sentido e muito menos rumo em direção a abismos de emoções. Pelo contrário, aí, firme, desisto. Sim, porque a desistência não é fraqueza digna apenas dos mais receosos. Pode ser (e é-o, seguramente, muitas vezes) resolução digna dos mais corajosos. Nunca é fácil mas frequentemente, preciso. Em nome da tranquilidade, da paz, da estabilidade. E até a maior das forças necessita de um travão na sua capacidade de resistência, em defesa da sua própria essência. Assim, caros assuntos que se prendem com o que já ficou para trás e que pretendem, inadvertidamente, prender-me ao que atrás pertence, considerem-se livres do meu presente, daqui para a frente. Sofia Cardoso 08 de abril de 2015