Estrelas
De madrugada
acordei,
A cabeça, pela janela enfiei.
Uau, que espanto…!
Ali renasci d’encanto.
O céu de magia estrelado,
Como há muito não via.
De olhar arregalado,
Dormir já não conseguia.
De cabeça de fora,
Esqueço a hora,
Deixando-me ficar
Quase sem respirar.
Ao longe, o badalar
Do rebanho acordado.
Permite-me embalar
Ao colo do telhado.
Dois olhos pacientes
Contam 4 estrelas cadentes.
Impossível deixá-las fugir
Sem 4 desejos pedir.
O cenário pintado de paz
Pelas mãos de quem partiu
Torna o coração incapaz
De negar que ali os sentiu.
Nisto, uma hora voou
E o céu entretanto clareou.
Com ele, novo amanhecer,
Pronto para viver.
Agradeço este bocadinho
Por que o sono troquei.
Dedico-o, com carinho,
Ao Monte que recordarei.
Sofia
Cardoso
23 de julho de 2015
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