O Nó

Há pessoas que se encontram
Desconhecendo que se destinam…
Meia década foi quanto bastou
Para concretizar o que a vida adiou.
Ainda jovens, horizontes diferentes;
Amigos comuns, sempre presentes.
O tempo passou, muito se viveu
E por linhas tortas, direito se escreveu.
Bendita vida, carregada de imaginação
Que transforma dor em realização.
Ele, na cidade que era dela também.
Ela, na cidade que os veria ir mais além.
A distância revelou-se um pormenor
Para quem não teme o mundo em redor.
O abraço ganhou uma nova dimensão
E foi das primeiras magias desta união,
Feita de permanentes descobertas
De duas mentes completamente abertas.
Quando tudo, há muito, fazia sentido,
O comandante lançou-se ao mar, destemido.
E, insistentemente, navegou, navegou,
Por águas que a sua ninfa adiou.
O assunto fingiu-se, então, esquecido
Mas não exatamente perdido.
Uma vida de aventura recheada,
Noutro continente partilhada.
De lá, chegavam lindos sorrisos
Com cara de poucos sisos…!
Para os mais próximos, era evidente:
Teria que haver casório, obviamente!
E só quando, às amigas, a filha se juntou,
É que a miúda, a luz, avistou!
E, finalmente, surge a novidade:
Um laço, não… Um nó de verdade!
Podia ser direito, pelo infinito definido
Mas é o de escota que faz sentido.
Feito da união de dois cabos diferentes
Simbolizando, cada um, os nubentes.
E eis que o ansiado dia chegou
E o seu sonho, hoje, se realizou.
Continuação de imensa felicidade,
Seja qual for a próxima cidade!
Por agora, brindemos aos dois
Que o melhor virá depois!  








 Sofia Cardoso
17 de julho de 2015

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