2 X 3
É a primeira vez que escrevo num avião. Surpreendentemente, para quem adora escrever e viajar com a mesma intensidade. Na verdade, o avião ainda nem levantou voo mas não resisti ao ímpeto de agarrar numa caneta e no meu caderno por achar que isto até pode vir a ser interessante. Viajo só com as minhas duas filhas, de regresso a casa após uns dias mágicos. A mais velha, junto à janela, a mais nova no meio e eu na coxia. Estão finalmente sossegadas depois de uma certa agitação no aeroporto, fruto da combinação bombástica entre diversão e cansaço pós Disney. Eis senão quando se instala ao meu lado um pai (em que não pude deixar de reparar porque colocou a bagagem de mão no compartimento acima da minha cabeça e sabemos como são apertados os aviões…) também só com duas filhas, aparentemente das idades das minhas, que não faço ideia de onde vêm mas a excitação persiste porque ainda não se calaram. (Pelo menos parecem divertidas!) A mais nova já perguntou três ou quatro vezes se já