RE-LA-TI-VI-ZAR
Escrever o meu livro implicou um exercício permanente de pensamento
positivo, sob um olhar atento a tudo o que vi e vivi diariamente.
Essa perspetiva da realidade, motivadora de uma forma muito particular de
ser e de estar, criou em mim um hábito que tão cedo não me largará. De modo
que, todos os dias, quando algo me inspira, me marca, me alegra, sou
imediatamente impelida a reconhecer que esse pormenor fez o meu dia, embora já não
escreva diariamente.
Esta manhã vivi um momento especial. Daqueles bem simples que nos enchem
o coração e que põem num canto qualquer preocupação.
Nem toda a gente tem a capacidade de lidar com a diferença, de enfrentar
a provação. Eu admiro muito quem o faz e demonstra que se entrega totalmente de
alma e coração.
Nós em família na praia, primos saudáveis e felizes a brincar juntos,
lado a lado com crianças a quem a vida não deu a mesma liberdade.
Vieste ter comigo para me cumprimentar com a “tua” menina ao colo e
comoveste-me mesmo… Felizmente estava de óculos escuros porque não me contive.
A forma, também comovida, como falaste, a (ainda tão) curta história de vida
que trazias ao colo e que comigo partilhaste mexeu comigo e corroborou a minha
premente necessidade de valorizar cada vez mais tudo o que tenho (que já é
tanto…) e relativizar tudo o que não tenho ou que já tive e deixei de ter.
A vida muda num segundo e nunca sabemos o que virá a seguir. Todos o sabem
sobejamente mas nem todos o vivem conscientemente. Há que RE-LA-TI-VI-ZAR quase
tudo o que de menos bom nos vai acontecendo porque há situações, realidades e
condições muito complexas e até com essas se aprende a lidar. Nem sempre é
fácil mas basta ser possível e vale tanto a pena…!
Não há como fugir do que a vida nos reserva mas podemos decidir como a
queremos encarar. Se cabisbaixos, receosos e queixosos, se sorridentes,
positivos e resistentes.
A atitude, sempre, a fazer toda a diferença e quanto mais se trabalha
nela positivamente mais fácil se vai tornando efetivamente.
Acreditem, as circunstâncias só vos destroem até onde vocês o permitem.
Sofia Cardoso
26 de julho de 2016
Só hoje consegui ler...
ResponderEliminarObrigada
Com amor é mais fácil. Dói, mas é um doer mais doce
Beijokas
Sempre a tempo...
EliminarObrigada, também. Pelo exemplo, pela inspiração...
Dói mas ajuda o outro lado a doer menos. Continua, é muito importante.
Beijinho grande.