Subconsciente
O nosso subconsciente é tramado...
Adormeci na firme convicção de ter posto um
ponto final em delírios solitários do coração e tive um sonho cuja intensidade
só pedia pontos de exclamação, daqueles que põe fim a frases que não exprimem
propriamente espanto mas verdadeira emoção, com um toque de surpresa ou mesmo
de medo, no melhor e mais arrebatador dos sentidos.
Arrebatador... Sim, é isso mesmo. Não sei de
onde veio esta avalanche de imagens de acelerar a respiração, que ganhou vida
sequencial no meu cérebro enquanto dormia, de forma a fazer-me acordar com a
sensação de ter corrido a maratona contigo.
C'um caraças! Tantas vezes que sonho e só
acordo com sombras do que vivi que se desvanecem sem ter sequer tempo de as
questionar e hoje até os mais ínfimos pormenores ficaram gravados...! [Suspiro]
Sábado, seis da manhã, podia e devia estar
tranquilamente a descansar mas escrevo... De novo (ou ainda) a pensar
estupidamente em ti, sem saber o que fazer ao sonho que não posso propriamente
descrever aqui.
Basicamente, vieste fazer amor comigo esta
noite e não sabes, o que será, no mínimo, desconcertante. E o pior desta treta
toda é que, assim que abri os olhos, obviamente já não estavas, não estás e não
estarás.
Entretanto, são quase sete da manhã, e antes de
voltar a fechar os olhos, pergunto-me apenas onde andarás...
[Para além de no meu pensamento que não entende
este tipo raro de sentimento]
Sofia Cardoso
14 de outubro de 2017
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