Deixar-se levar...

Afinal por que é que nos apaixonamos? Pelos lindos olhos de alguém? (Também) Pela forma como somos tratados? (Também) Pelo que o outro nos faz sentir? (Ora bem!) Só que só nos faz sentir (amor, paixão, o tal de “fraquinho”…) quem nos atrai e a atração existe muito para além do físico. Há toda uma identificação intelectual, vivencial, emocional… Ou mesmo uma profunda admiração que nos puxa, tipo íman, para alguém só porque…, mesmo quando lutamos contra ou queremos fugir. Não adianta. Se não nos sai da cabeça, de alguma forma já entrou no coração.
E interessará procurar um porquê? Será a causa assim tão importante para (este) efeito? E não há tantas coisas que nos acontecem que não se explicam mas que nos fazem sentir tão bem, valendo tanto apenas por isso mesmo? E não estaremos, todos nós, já suficientemente obrigados a usar a cabeça para problematizar e racionalizar, todos os dias, tanta coisa? Por que não sentir e deixar sentir. Fluir e deixar seguir, tão-só porque as boas sensações nos fazem sorrir.
O que cada um sente, não há palavras que fotografem, por mais que se tente demonstrar. E nunca ninguém consegue pôr-se na pele do outro inteiramente.
Às vezes a vida só nos pede que nos deixemos levar, sem questionar, pela beleza pura e simples de irmos descobrindo onde iremos parar.


Sofia Cardoso
09 de janeiro de 2018

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Engolida Angústia

Semear bem para melhor colher

Solo