Beijo

Se é de amor ou de paixão,
De amizade ou familiar
Vem direto do coração
De quem precisa de o soltar.

Quando de amor, é atrevido
E faz corar quem o recebe.
Às vezes, um convencido
Que de descrição nada percebe.

Outras vezes, escondido,
Preso porque cheio de medo
De não ser correspondido,
Espera, só e em segredo.

O primeiro, nunca se esquece…
Independentemente da idade
É aquele que nos engrandece
E que é sempre de verdade.

O último, cai no esquecimento
Porque a idade já implica
O seu quê de sofrimento
Que já nem ele dignifica.

Entre este e aquele,
Muitos têm que insistir.
Deixar de acreditar nele,
Seria deixar de existir.

Multiplique-se o beijo,
Oferecido ou roubado,
Fruto de um sentido desejo
Ou de um laço apertado.


Sofia Cardoso
13 de abril de 2016

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