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A mostrar mensagens de 2015

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É a primeira vez que escrevo num avião. Surpreendentemente, para quem adora escrever e viajar com a mesma intensidade. Na verdade, o avião ainda nem levantou voo mas não resisti ao ímpeto de agarrar numa caneta e no meu caderno por achar que isto até pode vir a ser interessante. Viajo só com as minhas duas filhas, de regresso a casa após uns dias mágicos. A mais velha, junto à janela, a mais nova no meio e eu na coxia. Estão finalmente sossegadas depois de uma certa agitação no aeroporto, fruto da combinação bombástica entre diversão e cansaço pós Disney. Eis senão quando se instala ao meu lado um pai (em que não pude deixar de reparar porque colocou a bagagem de mão no compartimento acima da minha cabeça e sabemos como são apertados os aviões…) também só com duas filhas, aparentemente das idades das minhas, que não faço ideia de onde vêm mas a excitação persiste porque ainda não se calaram. (Pelo menos parecem divertidas!) A mais nova já perguntou três ou quatro vezes se já

Surpresa de Sonho...

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Quem gosta de preparar grandes surpresas não precisa de se apaixonar… Neste momento, não tenho borboletas no estômago… Tenho cangurus no coração! Há anos que sonhava com esta data. Com este presente e com a sua preparação, revelação e concretização. Mesmo quando a capacidade de sonhar foi interrompida, este desejo ficou adormecido mas nunca foi esquecido. As circunstâncias mudaram e durante vários meses questionei muita coisa e podia, de facto, ter desistido. Elas nem teriam sabido… Felizmente não o fiz, simplesmente porque a vida me tem ensinado a não perder nenhuma oportunidade de ser e de fazer alguém feliz. Esta surpresa não pretende ser uma oferta de mão beijada mas antes uma lição abençoada. Porque não foi apenas comprada. Passou anos a ser sonhada, desejada e, por fim, sofrida… E o facto de ter sido conseguida pretende provar que vale sempre a pena sonhar, acreditar e, sobretudo, lutar para concretizar. A magia pode realmente acontecer e o ponto de partida será sempre
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Às vezes...

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Às vezes, Ainda duvido. Parece irreal, Mentira, Ter acontecido. Às vezes, Ainda questiono. Parece ingrato, Injusto, Este abandono. Às vezes, Ainda lamento. Parece impossível, Estupidez, Neste momento. Às vezes, Ainda entristeço. Parece escusado, Desperdício, Elevado preço. E depois,  ainda às vezes,  penso: Vou ultrapassar, Ainda que demore E pareça irrealizável, Perdoar, Esquecer… …Às Vezes. Sofia Cardoso 12 de dezembro de 2015  
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Tia uma vez, tia para sempre!

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Existem ex-mulheres, ex-maridos e, pasme-se, desde 2008, existem também, ex-sogros e ex-cunhados. Na verdade, antigamente, legalmente falando, os laços de afinidade não se perdiam com o divórcio. Pois parece que atualmente só não se perdem por morte de um dos cônjuges, pelo que, havendo divórcio, há efetivamente “ex-tudo”. Diz-se, justificando a alteração jurídica, que antes ocorriam situações caricatas porque as pessoas podiam voltar a casar e passar a ter várias/os sogras/os. Sim? Então e os sobrinhos, sobretudo quando crianças, filhos dos ditos  ex-cunhados?! São, à luz da lei atual, despromovidos a ex-sobrinhos? Adoro a (in)congruência legal!... Mais do que caricato, é emocionalmente ridículo, ou mesmo cruel. O casamento é (ou devia ser…) um laço dado e cortado por duas pessoas, apenas. Códigos e leis à parte, existe, sim, algo muito superior a qualquer discussão jurídica, feita por cérebros e resolvida depois friamente no papel: um coração, feito de sentimentos gravados

Amachucado?

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Pega numa folha de papel. Lisa, imaculada, perfeita. Agora amachuca-a (nem é preciso muito) e volta a abri-la. Consegues deixá-la exatamente como era? Claro que não…! Também assim, se pegares numa peça de roupa delicada, uma linda e macia camisola de pura lã, por exemplo, e a colocares na máquina de lavar, numa temperatura mais elevada do que deverias e, como se não bastasse, ainda caíres na estupidez de a centrifugar como se não houvesse amanhã, quando a tirares da máquina, talvez encontres uma tesa camisola, tamanho de criança… Estamos a falar de coisas e estas podem, verdadeiramente, mudar a sua natureza quando maltratadas. Então… E as pessoas? Podem ser amachucadas, encolhidas (magoadas, basicamente) e irremediavelmente alteradas, corrompidas? Acredito que não. Não na sua essência. E porquê? Simplesmente porque as pessoas têm duas capacidades essenciais que faltam às meras coisas: o poder de decisão e a inteligência. É certo que têm, igualmente, uma terceira: a memória, qu
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STOP

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Sábado… …Para variar. Rodeada de almofadas, Sem hora para acordar, Sem pressa ou pressão Para me despachar. Pegar no carro, Sair para passear. Abrir um livro A ouvir o mar. Escrever umas linhas Sem pensar. Deixar o dia fluir E o relógio ignorar. Estar sozinha, Não precisar de falar. Sentar-me na areia E o pôr-do-sol admirar. Regressar à base, Inventar o jantar. Um chocolate  A rematar. Voltar ao livro, Páginas devorar. Pura e simplesmente, Permitir-me parar. Sofia Cardoso 07 de novembro de 2015 

Miss you...

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Imagino que estejas triste comigo. Magoado, desiludido, talvez até zangado… Estou ausente a maior parte do tempo e, quando estou presente, de ti, bem distante. Não te dou a atenção que mereces, apesar de te adorar e de tanto precisar de estar contigo. E preciso, acredita. Não deves acreditar, eu sei. É mais fácil pensares que me esqueci que existes. Não me esqueci. Simplesmente não tenho mesmo tido tempo, sequer para mim. Sei-te aí, tão carente de mim como eu de ti e passo à tua frente, ocasionalmente, quase ignorando o quanto chamas por mim. É mais fácil, ou menos penoso, digamos assim. A verdade é que a semana voa e mal nos vemos. Chegado o fim-de-semana, a saudade de repousar no teu colo, de ver um filme aconchegada, de adormecer nos teus braços, não é mais forte do que tudo o que me impede de o fazer. Falta-me tempo, sobram-me tarefas e, no entretanto, ambos a sofrer. Tu, calado, impávido e sereno. Eu, cansada, imparável e acelerada.  É assim, por enquanto. Talvez

Há 3 anos...

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Há três anos, perdi o primeiro homem da minha vida. Aquele que mais me mimava, aquele que conscientemente nunca me abandonaria, aquele que me entregou, orgulhoso, feliz e confiante, a quem o faria… Existem muitas formas inesperadas, injustas, penosas de perder alguém de forma definitiva. Já conheci duas delas, ambas diferentemente repentinas mas igualmente injustas. A primeira, por morte. A segunda, por desistência. Acredito, embora doa ainda mais, que quis Deus com a primeira evitar um desgosto ainda maior quando chegasse a segunda. Os últimos três anos têm sido um teste constante às minhas capacidades de resistência, de luta, de resiliência. E esta última semana tem sido vivida nos últimos dois anos com a mesma sensação de espera solitária e impotentemente sufocada da mesma semana vivida há três. Não sei se vai ser assim para sempre mas ainda não consigo desligar das memórias desses oito dias de bomba relógio prestes a explodir, sem sequer ter temporizador à vista para sab

100!!!

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Assim, de repente, É este, o número 100. Um marco num caminho Sempre para a frente Só porque me faz bem Ir sonhando, devagarinho. Sem festa para celebrar, Como a homónima lição, Ainda assim vou festejar Só convosco, de coração. Não coleciono escritos. Letras que saem do peito São aquilo que me move. Tenho os meus favoritos, E, por eles, tarde me deito Se a inspiração não demove. O objetivo é um, apenas: Alcançar outros corações Que se revejam nas cenas De que resultam emoções. Estás aí e até gostas? Não temas revelar O que te faz sentir. Por que não comentas, Se te faz pensar? Far-me-á sorrir… Sofia Cardoso 24 de outubro de 2015 

«Amigos Improváveis»

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Há quem adore animais. Também gosto muito deles e tantos há que nos ensinam muito mais que muita gente mas, verdadeiramente, adoro pessoas. Os animais seguem um padrão de comportamento mais ou menos adequado à espécie a que pertencem, o que os distingue de todos nós, que somos especiais precisamente por sermos tão diferentes uns dos outros. AÍ reside a nossa riqueza. Ontem vi um filme, baseado numa história verídica, que me encantou. Também adoro histórias verídicas porque nos provam tudo o que é possível ser, existir, aprender, conseguir… E nos dão verdadeiras lições de vida… O enredo gira em torno de um emprego que nem era para o ser e de como uma simples relação completamente improvável entre duas pessoas tão distintas transforma duas vidas para sempre. Podemos ser muito do que e de quem nos rodeia, é um facto. No entanto, podemos ser muito mais, se quisermos. Se formos nós próprios, em qualquer circunstância, perante qualquer pessoa, sem preconceitos, máscaras ou subterfúg

Mexe-te!

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Queres? Não esperes. Se esperar for crucial, Não desesperes. Foca-te no essencial. Temes? Não te negues. Se não tentares, Não consegues. Faz o que puderes. Sonhas? Não durmas. Se não acordares, Não concretizas. Hora de te levantares. Procuras? Não desistas. Se não te mexeres, Não encontras. Chega de te esconderes. Acreditas? Não desanimes. Se não lutares, Não chegas lá. Mexe-te, vá! Sofia Cardoso 08 de outubro de 2015