#euficoemcasa
[Dia 7]
Sem um único café, não sei explicar como. Tenho máquina e cápsulas e pura e simplesmente não me lembro de fazer café nem me tem feito falta, repito, não sei explicar como. MAS... Tenho-lhe dado bem no chocolate amargo que tive a ideia luminosa de comprar enquanto deixava o papel higiénico para aqueles outros seres iluminados.
O chocolate, é sabido, aumenta a sensação de bem-estar graças à endorfina (que reduz o stress), à serotonina (que é um potente antidepressivo) e à anandamida ou “substância da felicidade” (por possuir propriedades ansiolíticas, entre outras).
Mas há por aí muita gente que produz os mesmos efeitos e que neste momento admiro ainda mais do que em circunstâncias normais.
Hoje o dia é dedicado precisamente à felicidade... E porque o chocolate ajuda mas não é daí que essencialmente ela tem vindo, em pormenores, no meio do caos, era aqui que queria chegar. É que a adversidade revela sempre o lado mais humano e sensível das pessoas e isto tudo tem para mim um lado deveras comovente (mesmo!) De repente, estamos todos isolados mas nunca antes tão próximos. Temos Arte, Entretenimento, Educação, Cultura, Desporto, Jornalismo, Serviço Público... a entrar diariamente nas nossas casas, em direto ou através de conteúdos disponibilizados on line, das casas de Músicos, Atores, Escritores, Humoristas, Bloggers, Professores e Educadores, Instrutores de Fitness, Locutores de rádio, Jornalistas, Profissionais de saúde... que estão a dar-nos gratuita, espontânea e carinhosamente um pouco do melhor que têm para oferecer, do que sabem fazer, revelando à boleia e sem pudores muito de si e da sua realidade atual, das suas vidas, sendo que somos todos também parte da sua própria terapia e conforto ao interagirmos com eles. E que bonito que é...! Estamos nisto mesmo todos juntos, de uma forma que nunca seria possível ou provável se não estivéssemos todos na mesma situação, a ser postos à prova da mesma maneira. Somos mesmo incríveis, como povo, como seres humanos, apesar de tudo. Todos recebemos, todos damos. Não me canso de reconhecer, admirar e partilhar este sentimento de gratidão por isso. Um sentimento que me enche e aquece o peito, que me comove e que torna tudo tão mais simples...
Nenhum de nós vai esquecer estes dias, e quero acreditar que não apenas pela razão óbvia da clausura ou efeitos diretos e danos colaterais da doença mas pelas gargalhadas que deu com os posts diários ou vídeos que viu, pelos concertos maravilhosos a que assistiu, pelas histórias que ouviu, pelos livros que leu, pelas aulas de fitness que fez, pelas visitas e conteúdos culturais que lhe foram disponibilizados, pela informação preciosa e conselhos que recebeu, pelo carinho e consolo que sentiu... Temos ferramentas porreiras nos tempos que correm mas não nos serviriam de nada se não houvesse disponibilidade e sensibilidade de pessoas espetaculares naquilo que são e fazem em todas as vertentes da sociedade.
A união não faz só a força, faz o Bem e é bem que vamos ficar.
[Muito Obrigada!]
Sem um único café, não sei explicar como. Tenho máquina e cápsulas e pura e simplesmente não me lembro de fazer café nem me tem feito falta, repito, não sei explicar como. MAS... Tenho-lhe dado bem no chocolate amargo que tive a ideia luminosa de comprar enquanto deixava o papel higiénico para aqueles outros seres iluminados.
O chocolate, é sabido, aumenta a sensação de bem-estar graças à endorfina (que reduz o stress), à serotonina (que é um potente antidepressivo) e à anandamida ou “substância da felicidade” (por possuir propriedades ansiolíticas, entre outras).
Mas há por aí muita gente que produz os mesmos efeitos e que neste momento admiro ainda mais do que em circunstâncias normais.
Hoje o dia é dedicado precisamente à felicidade... E porque o chocolate ajuda mas não é daí que essencialmente ela tem vindo, em pormenores, no meio do caos, era aqui que queria chegar. É que a adversidade revela sempre o lado mais humano e sensível das pessoas e isto tudo tem para mim um lado deveras comovente (mesmo!) De repente, estamos todos isolados mas nunca antes tão próximos. Temos Arte, Entretenimento, Educação, Cultura, Desporto, Jornalismo, Serviço Público... a entrar diariamente nas nossas casas, em direto ou através de conteúdos disponibilizados on line, das casas de Músicos, Atores, Escritores, Humoristas, Bloggers, Professores e Educadores, Instrutores de Fitness, Locutores de rádio, Jornalistas, Profissionais de saúde... que estão a dar-nos gratuita, espontânea e carinhosamente um pouco do melhor que têm para oferecer, do que sabem fazer, revelando à boleia e sem pudores muito de si e da sua realidade atual, das suas vidas, sendo que somos todos também parte da sua própria terapia e conforto ao interagirmos com eles. E que bonito que é...! Estamos nisto mesmo todos juntos, de uma forma que nunca seria possível ou provável se não estivéssemos todos na mesma situação, a ser postos à prova da mesma maneira. Somos mesmo incríveis, como povo, como seres humanos, apesar de tudo. Todos recebemos, todos damos. Não me canso de reconhecer, admirar e partilhar este sentimento de gratidão por isso. Um sentimento que me enche e aquece o peito, que me comove e que torna tudo tão mais simples...
Nenhum de nós vai esquecer estes dias, e quero acreditar que não apenas pela razão óbvia da clausura ou efeitos diretos e danos colaterais da doença mas pelas gargalhadas que deu com os posts diários ou vídeos que viu, pelos concertos maravilhosos a que assistiu, pelas histórias que ouviu, pelos livros que leu, pelas aulas de fitness que fez, pelas visitas e conteúdos culturais que lhe foram disponibilizados, pela informação preciosa e conselhos que recebeu, pelo carinho e consolo que sentiu... Temos ferramentas porreiras nos tempos que correm mas não nos serviriam de nada se não houvesse disponibilidade e sensibilidade de pessoas espetaculares naquilo que são e fazem em todas as vertentes da sociedade.
A união não faz só a força, faz o Bem e é bem que vamos ficar.
[Muito Obrigada!]
Sofia Cardoso
20 de março de 2020
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