Distância(mento)
Distância e distanciamento são conceitos bem distantes,
porque distintos. Sinónimos erróneos, basicamente.
Há pessoas que estão mesmo ali ao lado e que
distam milhas de importância de nós. E depois há outras, que estão fisicamente
a km de distância mas sempre no nosso coração, consciência e pensamento.
À distância não vence o esquecimento. Já o
distanciamento dá margem à ignorância.
A distância não depende necessariamente da
vontade, ao contrário do distanciamento, que é intencional.
Quando entendemos, distanciamo-nos de quem
queremos ver à distância.
Digamos que a distância se mede em metros ou km
e o distanciamento se mede em sentimentos: receio, incómodo, insegurança…
Podemos estar distantes, à distância da
saudade, ou distantes, lado a lado, com a indiferença.
Seguramente, prefiro a distância que aproxima
aqueles que, estando longe, fazem de tudo para marcar presença, do que o
distanciamento que, cara a cara, faz os presentes estarem cada um na sua.
Porque o que une pode viver separado e o que
vive separado dificilmente gera união.
Existem casais/amores que sobrevivem à
adversidade de viverem à distância, enquanto existem casais/amores que sucumbem
à veleidade do distanciamento em que vivem.
Felizes os que vivem à distância e sobrevivem ao distanciamento...!
Felizes os que vivem à distância e sobrevivem ao distanciamento...!
Ideal seria que distância e distanciamento
dessem as mãos e desaparecessem da maioria das vidas. No entanto, haverá sempre
fatores que justifiquem aquela e razões injustificadas que levem a este.
Construir pontes para encurtar distâncias e
apertar laços para impedir distanciamentos, seria a solução para os conceitos
unir e a união das pessoas conseguir.
Sofia Cardoso
7 de julho de 2015
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